sexta-feira, julho 11, 2008

le temps qui reste


Foi a primeira coisa que eu pensei pra escrever o título. Vi esse filme francês anteontem, e fiquei bem mal. Ainda estou, mas nada assim, que mereça atenção. De ninguém... pra falar a verdade, é algo do que o filme relata: atenção.

Le temps qui reste é um filme de François Ozon que relata a vida de Romain (Melvil Poupaud), um fotógrafo de moda que descobre ter um "cancro fatal" (fiquei na dúvida, porque as legendas são de Portugal), mas não conta a ninguém. Não quer chamar à atenção das pessoas. Resolve algumas coisas, cria outras, e mantém contato com a criança interior que possui, e que vê sempre ao seu redor... como se fosse o seu eu-menino querendo atenção dele mesmo.

O filme é lindo, não tem sentimentalismo barato e nem exageros. É assim, nítido e objetivo, mas sem deixar de atrair muito a atenção de quem vê. Chorei bastante no final. (se não viu o filme, não leia a partir daqui!!!) A cena de sua morte é bem tranquila. Ele resolve ir à praia, mergulha, vê um menino que se parece com ele, mais jovem. Deita-se, deixa cair uma lágrima e então fecha os olhos. O que choca mesmo são as pessoas indo embora, o sol se pondo. A indiferença de pessoas que não sabiam, que ali, uma pessoa estava morrendo.

Fiquei bobo. Parece que o filme fala de mim. Uma pessoa só, que é abandonada por todos ao redor, pra morrer sozinha, numa praia.

One on one... é a música que eu tô ouvindo do Daryl Hall & John Oates, dupla ultralegal de muitos sucessos oitentinhas, que eu amo...

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