sexta-feira, julho 25, 2008

my own blues...


Dorian Blues, o filme que eu vi hoje, do Tennyson Bardwell.

Bem legal, curtinho, mas interessante. Fala da vida de Dorian, um rapaz que se descobre gay e tem no irmão um grande confidente e ótimo amigo. O problema é que o irmão mais velho é ultraprotegido pelo pai, que é imponente e tem poderes sobre toda a família, inclusive a mãe, que é nula na casa. Dorian acaba indo pra New York e vê que seu problema de assumir toma outras medidas, voltando pra si mesmo, suas preocupações, pensamentos, exageros (sim, eu me identifiquei...).

E eu ando meio assim. Exagerado, preocupado, cansado. Tem muita coisa e nada ao mesmo tempo se passando na minha cabeça. Sou meio autista, meu mundo é confuso. Direto tenho vontade de sair da minha própria mente. Preciso muito.

My own blues, é isso, eu adquiri, minha própria melancolia, tá barra pra relevar... mas estamos aí... Eu sempre me recupero, e minha frase preferida, by Elvira: "Sou como fruta falsa, não apodreço tão fácil).

Ao som de "Don't look back" do Korgis.
Beijing pra todos.

sexta-feira, julho 11, 2008

le temps qui reste


Foi a primeira coisa que eu pensei pra escrever o título. Vi esse filme francês anteontem, e fiquei bem mal. Ainda estou, mas nada assim, que mereça atenção. De ninguém... pra falar a verdade, é algo do que o filme relata: atenção.

Le temps qui reste é um filme de François Ozon que relata a vida de Romain (Melvil Poupaud), um fotógrafo de moda que descobre ter um "cancro fatal" (fiquei na dúvida, porque as legendas são de Portugal), mas não conta a ninguém. Não quer chamar à atenção das pessoas. Resolve algumas coisas, cria outras, e mantém contato com a criança interior que possui, e que vê sempre ao seu redor... como se fosse o seu eu-menino querendo atenção dele mesmo.

O filme é lindo, não tem sentimentalismo barato e nem exageros. É assim, nítido e objetivo, mas sem deixar de atrair muito a atenção de quem vê. Chorei bastante no final. (se não viu o filme, não leia a partir daqui!!!) A cena de sua morte é bem tranquila. Ele resolve ir à praia, mergulha, vê um menino que se parece com ele, mais jovem. Deita-se, deixa cair uma lágrima e então fecha os olhos. O que choca mesmo são as pessoas indo embora, o sol se pondo. A indiferença de pessoas que não sabiam, que ali, uma pessoa estava morrendo.

Fiquei bobo. Parece que o filme fala de mim. Uma pessoa só, que é abandonada por todos ao redor, pra morrer sozinha, numa praia.

One on one... é a música que eu tô ouvindo do Daryl Hall & John Oates, dupla ultralegal de muitos sucessos oitentinhas, que eu amo...